sábado, 20 de novembro de 2010

Aula de Quinta!!!

Exame Neurológico




 exame neurológico pode revelar distúrbios do cérebro, dos nervos, dos músculos e da medula espinhal. Os quatro principais componentes de um exame neurológico são: a anamnese (história clínica), a avaliação do estado mental, o exame físico e, quando necessário, exames diagnósticos. Ao contrário do exame psiquiátrico, no qual o comportamento do indivíduo é avaliado, a avaliação neurológica exige um exame físico. Não obstante, o comportamento anormal freqüentemente fornece indicações sobre o estado físico do cérebro. Anamnese (História Clínica) Antes de realizar um exame físico e exames diagnósticos, o médico realiza uma entrevista com o paciente para obter a sua história clínica. Ele solicita ao paciente que lhe descreva os sintomas atuais e informe precisamente onde e com que freqüência esses sintomas ocorrem, qual o seu grau de gravidade, a sua duração e se ele ainda consegue realizar suas atividades quotidianas. Os sintomas neurológicos podem incluir a cefaléia (dor de cabeça), dor, fraqueza, incoordenação motora, diminuição ou anormalidades da sensibilidade, desmaios e confusão mental. O indivíduo também deve informar ao médico sobre doenças ou cirurgias passadas ou atuais, doenças graves de parentes próximos, alergias e medicações que vêm sendo utilizadas. Além disso, o médico pode perguntar ao paciente se ele vem apresentando dificuldades relacionadas ao trabalho ou ao ambiente doméstico, uma vez que essas circunstâncias podem afetar a saúde e a capacidade de enfrentar a doença.

Avaliação do Estado Mental

A história clínica fornece ao médico uma boa idéia sobre o estado mental do paciente. No entanto, um teste mais específico do estado mental normalmente é necessário para se diagnosticar um problema que esteja afetando os processos mentais.

Exames do Estado Mental

O Que o Médico Deve Solicitar ao Indivíduo
O Que Este Teste Indica
Indicar a data atual e o local onde ele se encontra e dizer o nome de determinadas pessoasOrientação no tempo, no espaço e conhecimento de pessoas
Repetir uma lista curta de objetosConcentração
Lembrar três itens não relacionados entre si após 3 a 5 minutosMemória imediata
Descrever um evento que ocorreu no dia anterior ou alguns dias antesMemória recente
Descrever eventos do passado distanteMemória remota
Interpretar um provérbio (p.ex., “pedras que rolam não criam limo”) ou explicar determinada analogia (como “por que o cérebro se parece com um computador?”)Pensamento abstrato
Descrever sentimentos e opinões sobre a doençaInteriorização da doença
Citar os últimos cinco presidentes e a capital do paísBase de conhecimento
Informar como ele se sente no dia e como ele usualmente se sente nos outros diasHumor
Executar uma ordem simples que envolva três partes distintas do corpo e que dependa da diferenciação entre direita e esquerda (p.ex., “coloque o polegar direito sobre a orelha esquerda e mostre a língua”)Capacidade de obedecer comandos simples
Nomear objetos simples e partes do corpo e ler, escrever e repetir certas frasesFunção da linguagem
Identificar pequenos objetos com a mão e números escritos na palma da mão e discriminar um do outro, tocando-os em um ou dois pontos (p.ex.,na palma da mão e nos dedos)Como o cérebro processa as informações a partir dos órgãos sensoriais
Copiar estruturas simples e complexas (p.ex., utilizando blocos de construção) ou posições dos dedos e desenhar um relógio, um cubo ou uma casaRelações espaciais
Escovar os dentes ou retirar um fósforo da caixa e acendê-loCapacidade de realizar uma ação
Realizar operações matemáticas simples


Exame Físico

Ao realizar um exame físico como parte de uma avaliação neurológica, o médico costuma examinar todos os sistemas orgânicos, mas com maior atenção no sistema nervoso. São examinados os nervos cranianos, os nervos motores, os nervos sensoriais e os reflexos, assim como a coordenação, a postura, a marcha, a função do sistema nervoso autônomo e o fluxo sangüíneo cerebral.
Nervos Cranianos
O médico examina a função dos 12 pares de nervos cranianos, que estão diretamente conectados ao cérebro. Um nervo craniano pode ser afetado em qualquer ponto de seu trajeto em decorrência de lesões, tumores ou infecções e, por essa razão, é necessário que seja determinada a localização exata da lesão.

Teste dos Nervos Cranianos

Numeração dos Nervos Cranianos
Nome
Função
Teste
I
Olfatório
Olfato
Itens com odores muito específicos (p.ex., sabão, café e cravo) são colocados junto ao nariz do indivíduo para serem identificados
II
Óptico
Visão
É testada a capacidade de ver objetos próximos e distantes e de detectar objetos ou movimentos com os cantos dos olhos (visão periférica)
III
Oculomotor
Movimentos dos olhos para cima, para baixo e para dentroÉ examinada a capacidade de olhar para cima, para baixo e para dentro. É observada a presença de queda da pálpebra superior (ptose)
IV
Troclear
Movimentos dos olhos para baixo e para dentroÉ testada a capacidade de movimentar cada olho de cima para baixo e de dentro para fora
V
Trigêmeo
Sensibilidade e movimento faciaisSão testadas a sensação de áreas afetadas da face e a fraqueza ou paralisia dos músculos que controlam a capacidade da mandíbula de apertar os dentes
VI
Abducente
Movimento lateral dos olhosÉ testada a capacidade de movimentar o olho para fora, além da linha média, seja espontaneamente ou enquanto o indivíduo fixa um alvo
VII
Facial
Movimento facial
É testada a capacidade de abrir a boca e mostrar os dentes e de fechar firmemente os olhos
VIII
Acústico
Audição e equilíbrio
A audição é testada com um diapasão. O equilíbrio é testado solicitando ao indivíduo que caminhe sobre uma linha reta, passo a passo
IX
Glossofaríngeo
Função da garganta
A voz é analisada, para se verificar a presença de rouquidão. A capacidade de deglutição é testada. A posição da úvula (na região posterior e medial da garganta) é verificada, solicitando ao indivíduo que diga “ah-h-h”
X
Vago
Deglutição, freqüência cardíacaA voz é analisada, para se verificar a presença de rouquidão e se o indivíduo apresenta um tom de voz anasalado. A capacidade de deglutição é testada
XI
Acessório
Movimentos do pescoço e da parte superior das costasÉ solicitado ao indivíduo que ele encolha os ombros para se observar a presença de fraqueza ou ausência de movimentos
XII
Hipoglosso
Movimento da línguaÉ solicitado ao indivíduo que mostre a língua para se observar a presença de um desvio para um lado ou outro

Nervos Motores
Os nervos motores ativam os músculos voluntários (músculos que produzem movimento, como os músculos dos membros inferiores utilizados durante a marcha). A lesão de um nervo motor pode causar fraqueza ou paralisia do músculo por ele inervado. A falta de estímulo ao nervo periférico também causa deterioração e emaciação muscular (atrofia). O médico investiga a presença de atrofia muscular e, em seguida, testa a força de vários músculos, solicitando ao paciente que ele empurre ou puxe alguma coisa contra uma resistência.
Nervos Sensitivos
Os nervos sensitivos transmitem informações ao cérebro sobre a pressão, a dor, o calor, o frio, a vibração, a posição das partes do corpo e a forma das coisas. São realizados testes para se verificar a perda de sensibilidade na superfície do corpo. Geralmente, o médico concentra-se em uma área na qual o indivíduo sente adormecimento, formigamento ou dor, utilizando primeiramente um alfinete e, em seguida, um objeto com borda romba, para verificar se ele consegue perceber a diferença entre a picada e a pressão. A função dos nervos sensoriais também pode ser testada com a aplicação de uma pressão suave, de calor ou de vibração. A capacidade de discernir a posição é verificada solicitando-se ao paciente que feche os olhos e mova um dedo (de uma das mãos ou de um dos pés) para cima e para baixo, pedindo que ele descreva a sua posição.
Reflexos
O reflexo é uma resposta automática a um estímulo. Por exemplo, quando o tendão localizado abaixo da patela é percutido suavemente com um pequeno martelo de borracha, a perna flexiona. Esse reflexo patelar (um dos reflexos tendinosos profundos) fornece informações sobre o funcionamento do nervo sensitivo, sobre sua conexão com a medula espinhal e sobre o nervo motor que emerge da medula espinhal e vai até os músculos da perna. O arco reflexo segue um circuito completo, desde o joelho até a medula espinhal e retorna à perna, sem que haja envolvimento do cérebro. Os reflexos mais comumente testados são o reflexo patelar, um reflexo similar nos cotovelos e no tornozelos e o reflexo de Babinski, que é testado através da aplicação de um golpe firme precina borda externa da planta do pé com um objeto rombudo. Normalmente, os dedos dos pés encurvam, exceto nos lactentes com menos de seis meses de idade. Quando o hálux (dedão do pé) se eleva e os demais dedos se estendem e abrem lateralmente, isto pode ser um sinal de uma anomalia cerebral ou de nervos motores que vão do cérebro até a medula espinhal. Muitos outros reflexos podem ser testados para se avaliar funções nervosas específicas.
Arco Reflexo
O arco reflexo é a via que um nervo reflexo segue. Um exemplo é o reflexo patelar.
1. Uma percussão no joelho estimula receptores sensitivos, gerando um sinal nervoso.
2. O sinal percorre ao longo de uma via nervosa até a medula espinhal.
3. Na medula espinhal, o sinal é transmitido do nervo sensorial ao nervo motor.
4. O nervo motor envia o sinal de volta a um músculo da coxa.
5. O músculo contrai, fazendo com que a perna se desloque para frente. Todo reflexo ocorre sem envolvimento do cérebro.
Coordenação, Postura e Marcha
Para testar a coordenação, o médico solicita ao paciente que, em primeiro lugar, ele toque o próprio nariz com o dedo indicador. Em seguida, é solicitado ao paciente que ele toque o dedo do médico e, finalmente, que ele repita rapidamente essas ações. Pode-se solicitar ao paciente que ele toque o nariz primeiramente com os olhos abertos e em seguida com os olhos fechados. Em seguida, que ele fique em pé, parado, com os braços esticados e os olhos fechados e, finalmente, que ele abra os braços e comece a andar. Essas ações testam os nervos motores e sensoriais, assim como a função cerebral. Vários outros testes simples podem também ser realizados.
Sistema Nervoso Autônomo
Uma distúrbio do sistema nervoso autônomo (involuntário) pode causar problemas como a queda da pressão arterial quando o indivíduo fica em pé (hipotensão), a ausência de sudorese ou problemas sexuais (p.ex., dificuldade de ereção ou de sua manutenção). Novamente, o médico pode realizar uma série de testes como, por exemplo, a mensuração da pressão arterial com o indivíduo sentado e logo após ele colocar- se em pé.
Fluxo Sangüíneo Cerebral
Um estreitamento (estenose) grave das artérias que transportam o sangue até o cérebro coloca o indivíduo em risco de um acidente vascular cerebral. O risco é maior em indivíduos idosos ou hipertensos, diabéticos ou que apresentam doenças arteriais ou cardíacas. Para avaliar as artérias, o médico coloca um estetoscópio sobre as artérias do pescoço e verifica a presença de ruídos anormais (sopros) produzidos pelo sangue sendo forçado através de uma área estreita. Para uma avaliação mais acurada, é necessária a realização de exames mais sofisticados como, por exemplo, a ultra-sonografia com Doppler ou a angiografia cerebral.


















SONDA NASOGÁSTRICA
(do nariz ao estômago)

Sonda aberta: drenagem
Sonda fechada: alimentação

Material
- sonda gástrica LEVINE ( mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
- seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo.

Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Lubrificar a sonda com xylocaína;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo;
- Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local:
· Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
· Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20ml;
· Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.
· Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar;
· Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
· Fixar a sonda não tracionando a narina.

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